7 de mar. de 2013

Donos do mundo?


Existem atitudes nesse mundo urbano que correm o virar comum. Tive que ir segunda-feira fazer perícia, na DIMES, Paraná Previdência. Fui acompanhada de minha tia e minha mãe que são funcionárias públicas. Estacionamos na sombra. Como estou com a imunidade baixa, minha mãe subiu para conseguir prioridade de atendimento (aquilo parece pior do que SUS). Só que, enquanto esperávamos no carro, veio um segurança e falou para nos retiramos dali, sem a menor educação. Então explicamos que a vaga de prioridade era justamente para isso, atender os deficientes. E o cara começou a gritar. Eu e minha tia demos risada e continuamos ali. Só que veio mais um segurança e falou que era para sairmos dali. Minha tia falou que não sairia, até porque tinha mais quatro vagas vazias para deficiente. E veio o quarto segurança, chefe de todos. Começamos a ficar assustadas e eles ficharam o carro sob pressão, já estavam em quatro. Fechamos os vidros e começamos a sair. Eu fiquei bem assustada. Foi difícil para minha mãe nos achar, pois tivemos que garimpar um lugar bem longe dali. E até agora ficamos nos perguntando o por que de tudo aquilo? Por que não tínhamos a plaquinha de deficiente? Porque o Beto Richa estava lá? Ou o Arns? Por que estou dando prejuízo pro Estado? Ou simplesmente porque o ser humano está perdendo seus valores?

Assinado, Funcionária Pública

Um comentário:

adriana abreu disse...

É realmente um absurdo esse abuso de poder e essa falta de gentileza e sensibilidade que rege o mundo moderno, e torna a gente completamente discrente no ser humano. A "política curitibana" atual é, no mínimo, enojante. Todas as áreas da esfera pública encontram-se corrompidas, e o departamento de trânsito não fica de fora. Corrompidos pela falta de valores que moldam o caráter e pelo excesso de preocupação com o próprio umbigo, alguns envolvidos com a máquina do governo, sejam do mais alto ao mais baixo escalão, têm provado do que um ser humano é capaz para manter seus "carguinhos". Só nos resta registrar nossa indignação assim como vc fez... é isso aí!