21 de set. de 2010

Mel, doce miau

Havia me programado para fazer um relatório da leitura presencial em Montevideo. Pelos casarões antigos e ventos uivantes...
Mas meu coração está partido com o desaparecimento da minha pequena Mel. E vai demorar pouco mais.
Queria ser poeta e esvaziar o meu peito das saudades que vem cheia de pelos...

19 de set. de 2010

O melhor amigo do homem

Tem dias, que é pura merda! E eu? preciso tomar uma cachaça.
Ursx, esses é dos bons!!!
Olha, não sou de beber. Não pense que sou de encher a cara todos os dias. É raro eu tomar uma birita. Só trabalho, feito um condenado. E de que merda adianta? Trabalho, trabalho e trabalho e to sempre na merda.
Mas amigo, me vê mais uma. Ursx-vixe!!!
Tive um dia de cão, mas daquele mais vagabundo que você pode imaginar.
Já ta tarde, né? Que horas são?
Eu queria ter um amigo nessas horas pra poder falar. Mas são tudo uns veado, filho de uma puta.
Tenho certeza que ela me traiu. Só pode! Ela nunca sai maquiada, daquele jeito.
Sabe, garrafa, a vida é uma coisa...


Ontem eu estava muito mal. Pensei que iria estourar meu fígado e rim. Não que eu esteja melhor, vendo que estou falando sozinho...
Ai que dor de cabeça! E já são... OITO E QUINZE!!!
Preciso correr para o trabalho.



Estava muito transtornado.
Tá certo que a vida é uma merda, mas eu tenho o direito de falar.
Posso falar?
É que eu não tinha entendido, achei que você ia me largar.
Você não vai me deixar, né?

10 de set. de 2010

Pensando no processo da escrita...

Tenho cá minhas teorias "tortas" sobre escrever - e que ninguém me peça para explicar pois eu não saberia, mas creio que o que precisamos do outro, quando em processo de escrita, é justamente de estocadas que despertem um novo caminho de reflexão. Isso acontece quando colocamos nossas ideias, sobre a história e a trama, em pauta.
Eu jamais desprezo qualquer observação ou comentário, todos me oferecem alguma coisa, para o bem ou para o mal.

Mayra Coelho

9 de set. de 2010

O texto a seguir foi resultado de um exercício

Feito por Kenya Sato, com as palavras
noite
sinaleiro
cabelo



Fernando casa-se hoje. No altar, no momento que deveria trocar as alianças com sua futura esposa, um telefone celular toca. A cerimônia é interrompida. Ele atende.
- Sou eu, a Vivian! O carro atolou e vamos demorar pra chegar... - a pobre era só lágrimas.
Ele desligou o telefone e olhou desconfiado para a noiva a sua frente. Tirou o véu devagar e não reconheceu o queixo. Nem a boca, nem o nariz, muito menos os olhos. A noiva força a vista para amenizar a miopia e também não reconhece o noivo.
Um era do casamento das 18:00 e o outro das 19:00...
Passada a confusão riem do ocorrido. Enquanto aguardam seus respectivos noivos vão para a sacristia... Ela repara com mais atenção no sorriso amigável dele, em seus olhos de cílios longos e bom humor. Ele observa suas costas nuas no vestido de noiva, no desenho da boca bem feita e na sua risada contagiante. Poderia ouvir essa risada por toda a vida.
Fogem da igreja pela porta dos fundos.

8 de set. de 2010

A quantas anda...

Eu continuo na lida literária. Agora, trabalhando numa novela.
Com isto, não me surgem outras ideias literárias para contos.
Paralelamente, estou lendo O Evangelho de Barrabás, do José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta.
É bom que contrasta o humor-satírico com da novela, tenso.

No mais, aguardo leitores e escritores que queiram postar seus textos e discutir narrativas.

Abraços,
Tainá