21 de dez. de 2010

Boa Notícia Literária!

Meus amigos e amigas,

Estou muito feliz com o presente que peguei hoje lá no Palacete Wolf. Fresquinho, saído do forno.
Depois de um ano suado, finalmente em minhas mãos a Revista Oficinas de Análise e Criação Literária 2008 – 2009.
Acabo de ler o Passarão, Passarinho, Passarinhada, de minha humilde autoria (p. 4) e adorei a sensação. E fiquei ainda mais feliz por saber que ele será lido e distribuído por muito leitores de Curitiba (assim que houver o lançamento).
Para os que lêem este blog de outras cidades e tiver interesse, se manifestem para que eu poste aqui em 2011.
Nos mais, quero agradecer aos leitores e dizer que estou demorando, mas que saíram mais contos neste ano vindouro. E que para isto, conto com a sua participação, transmitindo leituras, interpretações, sensações e ideias.

Abraços,
Tainá

21 de nov. de 2010

Polindo questionamentos

Como você consegue desabafar com a inimiga?
Tava a fim de extravasar meus sentimentos. E ela não era minha inimiga, só era a mulher que dava para o, então, meu marido.
E sabe que aquilo até que me fazia bem?
Desabafar com ela?
Não, transar com o meu ex-marido.
Ah! Pare! Você está louca!
Hei, por falar em louca, você viu a última da ministra?
Rã, nem me fale naquela... picareta!!
Agora, só falta tirar...
Mas você não quer que eu machuque!

Ai ai ai!

16 de out. de 2010

As narrativas curtas da nova literatura nacional divididas em cinco grandes vertentes

Pensando estruturalmente no trabalho da escrita, a leitura do Rascunho contribui para ampliar as possibilidades da forma.

(...)
Disse, de início, que o conto tem sido o gênero de destaque em nossa literatura. Observo, nesse sentido, cinco vertentes principais do conto brasileiro do séc. 21: 1) a da violência ou brutalidade no espaço público e urbano; 2) a das relações privadas, na família ou no trabalho, em que aparecem indivíduos com valores degradados, com perversões e não raro em situações também de extrema violência, física ou psicológica; 3) a das narrativas fantásticas, na melhor tradição do realismo fantástico hispano-americano, às quais se podem juntar as de ficção científica e as de teor místico/macabro; 4) a dos relatos rurais, ainda em diálogo com a tradição regionalista; 5) a das obras metaficcionais ou de inspiração pós-moderna. O que une todas essas vertentes é o olhar cruel e irônico sobre as situações configuradas. O olhar cruel sobre a existência que os nossos melhores contistas herdaram de Machado de Assis.

(...)
Rinaldo de Fernandes

Críticas e Resenhas
Rascunho
http://rascunho.rpc.com.br/

14 de out. de 2010

Nós:os exêntricos idiotas

Hoje vou deixar a Literatura para o conto da escritora carioca.

Não estou conseguindo escrever. Não sei qual é o problema. Se é por ter ido há Bienal, visto tantos livros, em tão grande espaço, e me sentido uma formiga incapaz de aceitar a tarefa trabalhosa. Se é pelo fato de a Mel ter deixado a Terra, e eu tão sozinha nesse espaço urbano e sem natureza. Se é por eu ter esperado discutir nosso trabalho com as colegas de literatura, e elas estarem na praia se divertindo.

Semana passada eu ouvi Ana Paula Maia, que eu ainda não conhecia, contar de sua carreira, sua dificuldade em publicar e a simplicidade em assumir o trabalho solitário. Valeu a pena assistir a mesa redonda (fiquei até o final). Sai do Paço com uma sensação de leveza.

Espero um dia atrair leitores como ela, é carioca exótica que prefere um cinema, a uma praia.


http://nososexcentricosidiotas.blogspot.com/

8 de out. de 2010

Os últimos oito reais da humanidade

Nesta segunda, eu ia viajar, como cheguei cedo à rodoviária, decidi passar na Bienal do Livro rapidinho. Demorou até que achei aquele lugar. Vi dois seguranças na porta e fui entrar, eles barraram meu caminho, perguntaram se eu era professor ou o que eles chamaram de "profissional do livro". Não, respondi. Então tem que passar na bilheteria, rebateram os seguranças. Sempre gostei de pensar que minha religião é o humanismo, me agrada imaginar que as pessoas podem ser melhores, que como seres humanos, sentimos algum tipo de solidariedade, e queremos um mundo melhor para todos. Mas em vista dos últimos eventos, o Tiririca como deputado Federal mais votado, imbatíveis um milhão e 300 mil votos, haja Florentina para esse povo. Povo que agora tem como opção para presidente um tucano e uma ignorante, se você ainda não viu a Dilma falando de livros no youtube, está desperdiçando sua vida, não perca mais tempo, corra, vá ao site agora mesmo e faça uma busca "Dilma livro". Isso sem falar da busca "Dilma meio ambiente". Se a humanidade ainda tem alguma coisa boa, é essa capacidade de nos surpreender com vídeos de um minuto. É inacreditável a capacidade humana. Pois, falando nisso, me deixe voltar ao assunto. Como me acreditava um humanista, fui na direção indicada pelos seguranças, imaginando ser uma mera formalidade, para ter um controle estatístico dos visitantes da feira, ou qualquer coisa assim. A gente nunca sabe o que esperar. Levantei meus olhos, sim porque como humanista gosto de olhar para as pessoas, nos olhos se possível, e nesse momento eu olhava para a moça do outro lado da bilheteria, foi então que fitei a tabela de preços, sim isso mesmo, tabela de preços, e repito, era uma tabela de preços. E essa tabela de preços estava logo acima da moça da bilheteria. Impactado pela descoberta, demorei até que consegui perceber que eu, como um ser mundano, já que não tinha nenhum documento comprobatório me atestando como professor, ou "profissional do livro", ou sei lá mais o que, deveria me desfazer de simbólicos oitos reais para poder dar uma passadinha na Bienal do Livro de Curitiba. Bem ali, diante da moça, ela que ficava logo abaixo da tabela de preços, percebi que eu perdia meus últimos oito reais de humanidade, porque com a fé que tinha, não podia ser humanista, mas sim ingênuo. Estou ainda pensando no discurso hipócrita de que o brasileiro é um povo que não lê, para mim ainda é estranho pensar em pagar oito reais para ver, sim só ver, e quem sabe eu não me interessava por algum livro, ou não encontrava algum "profissional do livro" lá dentro. Meu resto de inocência me faz crer que possam ser os escritores, e não os vendedores e donos de editora. Vou agora rever o vídeo da busca "Dilma livro", talvez ela esteja certa. Nunca se sabe.

Rodrigo Araujo

21 de set. de 2010

Mel, doce miau

Havia me programado para fazer um relatório da leitura presencial em Montevideo. Pelos casarões antigos e ventos uivantes...
Mas meu coração está partido com o desaparecimento da minha pequena Mel. E vai demorar pouco mais.
Queria ser poeta e esvaziar o meu peito das saudades que vem cheia de pelos...

19 de set. de 2010

O melhor amigo do homem

Tem dias, que é pura merda! E eu? preciso tomar uma cachaça.
Ursx, esses é dos bons!!!
Olha, não sou de beber. Não pense que sou de encher a cara todos os dias. É raro eu tomar uma birita. Só trabalho, feito um condenado. E de que merda adianta? Trabalho, trabalho e trabalho e to sempre na merda.
Mas amigo, me vê mais uma. Ursx-vixe!!!
Tive um dia de cão, mas daquele mais vagabundo que você pode imaginar.
Já ta tarde, né? Que horas são?
Eu queria ter um amigo nessas horas pra poder falar. Mas são tudo uns veado, filho de uma puta.
Tenho certeza que ela me traiu. Só pode! Ela nunca sai maquiada, daquele jeito.
Sabe, garrafa, a vida é uma coisa...


Ontem eu estava muito mal. Pensei que iria estourar meu fígado e rim. Não que eu esteja melhor, vendo que estou falando sozinho...
Ai que dor de cabeça! E já são... OITO E QUINZE!!!
Preciso correr para o trabalho.



Estava muito transtornado.
Tá certo que a vida é uma merda, mas eu tenho o direito de falar.
Posso falar?
É que eu não tinha entendido, achei que você ia me largar.
Você não vai me deixar, né?

10 de set. de 2010

Pensando no processo da escrita...

Tenho cá minhas teorias "tortas" sobre escrever - e que ninguém me peça para explicar pois eu não saberia, mas creio que o que precisamos do outro, quando em processo de escrita, é justamente de estocadas que despertem um novo caminho de reflexão. Isso acontece quando colocamos nossas ideias, sobre a história e a trama, em pauta.
Eu jamais desprezo qualquer observação ou comentário, todos me oferecem alguma coisa, para o bem ou para o mal.

Mayra Coelho

9 de set. de 2010

O texto a seguir foi resultado de um exercício

Feito por Kenya Sato, com as palavras
noite
sinaleiro
cabelo



Fernando casa-se hoje. No altar, no momento que deveria trocar as alianças com sua futura esposa, um telefone celular toca. A cerimônia é interrompida. Ele atende.
- Sou eu, a Vivian! O carro atolou e vamos demorar pra chegar... - a pobre era só lágrimas.
Ele desligou o telefone e olhou desconfiado para a noiva a sua frente. Tirou o véu devagar e não reconheceu o queixo. Nem a boca, nem o nariz, muito menos os olhos. A noiva força a vista para amenizar a miopia e também não reconhece o noivo.
Um era do casamento das 18:00 e o outro das 19:00...
Passada a confusão riem do ocorrido. Enquanto aguardam seus respectivos noivos vão para a sacristia... Ela repara com mais atenção no sorriso amigável dele, em seus olhos de cílios longos e bom humor. Ele observa suas costas nuas no vestido de noiva, no desenho da boca bem feita e na sua risada contagiante. Poderia ouvir essa risada por toda a vida.
Fogem da igreja pela porta dos fundos.

8 de set. de 2010

A quantas anda...

Eu continuo na lida literária. Agora, trabalhando numa novela.
Com isto, não me surgem outras ideias literárias para contos.
Paralelamente, estou lendo O Evangelho de Barrabás, do José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta.
É bom que contrasta o humor-satírico com da novela, tenso.

No mais, aguardo leitores e escritores que queiram postar seus textos e discutir narrativas.

Abraços,
Tainá

27 de ago. de 2010

Literatura alternativa e engajada

Alternativas para manifestação literária:

Projetos encabeçados por moradores de bairros populares estimulam reflexão social.

http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-programa/555461?task=view

26 de ago. de 2010

Como prosseguir nessa história?

Temos algumas informações para a narrativa

Personagens:

Pescador Ivo: jovem, forte, ambicioso

Pescador Alcides: com o rosto já enrugado, calmo, simples, em sintonia com o mar


Algumas informações

O barco anda vazio. E num dia de turbulência Alcides pensa mudar de rumo, e aceita ir pelo caminho que Ivo escolhe. Estava lotado de camarão e mais três cações. Ivo ostenta a sua esperteza. Alcides é o dono majoritário do barco.

20 de ago. de 2010

III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010

O concurso cultural denominado III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010 é promovido pela Canon do Brasil Ind. e Com. Ltda, pessoa jurídica estabelecida na Cidade de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o nº 046.266.771/0001-26, pela Fábrica de Livros e pelo Grupo Editorial Scortecci, para autores brasileiros, maiores de 16 anos, residentes no Brasil.

- Inscrições: 13 de Agosto de 2010 até 30 de Setembro de 2010.


Vale a pena! Entre lá no site e fique de olho nos concusos!

1 de ago. de 2010

Exercício literário

Feito com as palavras
noite
sinaleiro
cabelo


Previsível

Estava arrasada. Mais um aniversário de namoro e nada de oficializar a relação. Há cerca de um ano, sentia como se estivesse numa baia, com águas tranqüilas, sem frio na barriga a lhe visitar.
Estreou uma lingerie cheia de brilhos, num sonhado quarto de motel.
No dia seguinte, ao desligar o telefone, fica estagnada. Era ele confirmando o jantar com as famílias. Havia comprado as alianças.
Que tédio de previsibilidade!!! Pensou ela.

11 de jul. de 2010

Meneando

O corpo em movimento
Com sentimentos duros
Pouco
Com movimentos suaves
Rítmico
Como pouco movimento
Move

Noite

Escureceu.
Prevista, horas antes a noite trouxe a realidade nua e crua. Deitou. Como se a escuridão fosse lhe devorar. Entregou-se.
E não se sabe como, mas a partir deste momento viveu. A cada dia numa leveza. Simplesmente viveu, como uma pequena lagarta deve portar-se.





27 de mai. de 2010

Tarde



Depois de muito lutar com os gelados repteis que ficavam a lhe repisar, achou que era momento de ocupar tal espaço vazio. Não haviam mais de pisotear-lhe!
Mas como?



16 de mai. de 2010

Manhã



Na sua imensidão do vazio, conseguia sentir todas as forças ao seu redor. Mesmo enxergando apenas a um palmo do seu nariz, a percepção estarrecedora. Sua sorte, é que ninguém se prestava a ouvir.


6 de mai. de 2010

Bolinhas no quadrado

Sinopse

Sentadinha no chão, abraçada às suas pernas, uma menina parece triste, olhando para seus pés. O chão e as paredes são pretos. De repente, surge um buraco claro na parede, um uma luz suavemente colorida surge dela, até o chão onde a menina está. Percebe-se que aos poucos, com as luzes entrando, que ela está dentro de um dado. Seus olhos capturam a imagem. Então ela aproxima-se e descobre que há luz e cores do outro lado e decide pular para fora, onde deslumbra a imensidão do mundo colorido.

Cena 1
Plano médio- Menininha sentada no chão, com as pernas dobradas e mãos sobre elas. Um olhar cabisbaixo, em direção aos pés e ao chão. Dentro de um espaço escuro.

Cena 2
Plano aberto- Visto de cima- Uma luz suave entra por um furo e chega até o chão, próximo à menininha, que meche a cabeça para esquerda, e fixa o olhar sobre.

Cena 3
Plano médio - Levanta-se intrigada e aproxima-se do furo para ver de onde vem aquela luz.

Cena 4
Close- Com o olho no buraco, que aparece pelo ângulo esterno, bem iluminado.

Cena 5
Subjetivo - Pelo olhar dela, vemos as cores variadas do local, como uma obra de arte gigante que termina no infinito. Verde em baixo, vermelho e rosa pipocados sobre os verdes; tipos de amarelos variados mais acima...

Cena 6
Plano médio - Dentro do espaço escuro a menina olha para os outros furos que surgiram e experimenta outra visão. São outros tons de arte abstrata que ela encontra. Ela vai experimentando mais e mais. Agora é possível entender que ela está dentro de um dado.

Cena 7
Plano médio - Menina começa a mexer e unir as os furos, como bola de macinha, até formarem uma bola maior onde ela consegue se transpassar para o outro lado.

Cena 8
Plano médio - Menina entrando para o mundo das cores. Começa a ficar corada, admirando a imensidão de coloridos. Sua roupa já aparece colorida.

Cena 9
Plano aberto - De longe, aparece a menina saltitando no chão colorido, respingando e formando novas cores.

1 de mai. de 2010

Cores da infância

Quando criança, era hábito minha mãe e eu visitarmos minha tia Quico, a mãe do meu primo que eu mais brincava, como irmão! ou até mais, porque não brigávamos. Jeime era três anos mais velho que eu e já viajava pelo bairro, Água Verde. O que, para mim, era uma aventura valiosa, uma sensação de liberdade.
É claro que nossas saídas eram lógicas e precisas. Na época em que realizava as façanhas, tinha uns cinco anos e só sentia adrenalina nas caminhadas. Estava na companhia de um da minha espécie, uma criança, e isso era o mais fascinante. Íamos à panificadora, comprar pão. E, quando estávamos em férias (eu fazia pré-escola), eu passava alguns dias em sua casa. Ficávamos a manhã e a tarde brincando no condomínio do prédio, jogando futebol, mãe-se-esconde, dominó... E no fim da tarde, andávamos alguns quarteirões até o trabalho da minha tia. Chegávamos até um parquinho, que ficava em frente ao prédio onde ela trabalhava, e brincávamos mais um pouco até a sua saída.
Era triste para nós dois, que tínhamos nos divertido o dia inteiro, ouvir sobre as torturas, que aconteciam por lá...
Há tempos eu não tinha esta nostalgia!
Passaram-se duas décadas, e eu comecei a desvendar a Vila Izabel, onde eu me instalei, à procura de um lugar, para ler, sentir a brisa e o verão. Comecei a caminhar pela região em torno da Candido Xavier.
Ali perto, achei um banco, embaixo de uma árvore, em uma praça, com um campinho de basquete. Mas o que mais me atraia o olhar era um prédio antigo, com muitas cores.
Fiquei admirando a construção, que de alguma forma me lembrava livros. Talvez, porque pareça um pouco uma imensa prateleira, e os quadrados coloridos de diversos tamanhos como livros empilhados.
Com o clima na leitura do espaço, a imagem(ação) fui ainda mais longe. Aquele lugar me lembrava a infância, com menor proporção, mas pelas ruas que caminhava, como que desvendando o universo, de mãos dadas com um irmão.
Veio a lembrança daqueles momentos... Fixei minha visão na convergência das ruas, que ali se cruzavam, e consegui rememorar nós dois caminhando ao salvamento de minha tia.
Voltei o olhar ao prédio, e a mim, imaginando a possibilidade de também mudar aquele ponto de vista, por dentro, colorindo o pensamento pessoas que trabalham por lá.


Curitiba, 17/01/2010

29 de abr. de 2010

Poesia temporariamente ausente

Esta poesia estará temporariamente fora do ar por motivos de concurso poético.