1 de jul. de 2013

A saga de funcionária pública continua...



Estou me tratando de um inflamação cerebral, fazendo quimioterapia. Já falei numa crônica sobre a burocracia para garantir meus direitos de afastamento do trabalho? Tinha uma perícia no começo do ano, na DIMES, Paraná Previdência, fui acompanhada de minha tia e minha mãe que são funcionárias públicas. Estacionamos na sombra. Como estou com a imunidade baixa, minha mãe subiu para conseguir prioridade de atendimento (aquilo parece pior do que SUS). Só que, enquanto esperávamos no carro, veio um segurança e falou para nos retiramos dali, sem a menor educação. Então explicamos que a vaga de prioritária, justamente para isso, atender os deficientes. E o cara começou a gritar. Eu e minha tia demos risada e continuamos ali. Só que veio mais um segurança e falou que era para sairmos dali. Minha tia falou que não sairia, até porque tinha mais quatro vagas vazias para deficiente. E veio o quarto segurança, chefe de todos. Começamos a ficar assustadas e eles ficharam o carro sob pressão, já estavam em quatro. Fechamos os vidros e começamos a sair. Eu fiquei bem assustada. Foi difícil para minha mãe nos achar, pois tivemos que garimpar um lugar bem longe dali. E até agora ficamos nos perguntando o por que de tudo aquilo? Porque esse tratamento?
Hoje, tive que ir pela “décima vez” fazer a perícia. Com a imunidade baixa, tive que ficar na DIMES e foi horrível: uma fila enorme de pessoas doentes esperando ser atendidas, e uma sujeira insuportável. Chão imundo, paredes também, velhas e com gosmas escorrendo. Bancos velhos, sem limpar. Na sala da médica, a mesma coisa, paredes imundas, uma balança também suja que parecia da década de 1940 e não dava para usar.
Quero saber, que tratamento é este? Porque trabalhamos e quando mais precisamos, somos tratados como porcos sujos? Não há nenhum respeito com os funcionários do Estado do Paraná.


O que precisamos fazer para conquistar nosso direito?