25 de mar. de 2013

Por Romulo Kulka, versos reflexivos




Amanheceu e estou aqui
 
Prevendo como será a manhã
 
Rogando para que tudo seja mais são
 
Tentando decifrar siglas que não entendo o que significam
 
Deixando que o tempo leve-me para mais uma caminhada fugaz
 
Esquecendo-me que tudo o que fiz ontem, pode ser lição do que há porvir
 
Estou perdido num mundo fantástico que nem eu mesmo consigo entender
 
Aplaudindo o amanhecer a cada novo dia, sorrindo em paz
 
Obstruindo as frestas que me fazem chorar em vão
 
Admirando o quão bárbara é a ilusão
 
Forcejando entender o amanhã

Amanheceu e estou aqui




7 de mar. de 2013

Donos do mundo?


Existem atitudes nesse mundo urbano que correm o virar comum. Tive que ir segunda-feira fazer perícia, na DIMES, Paraná Previdência. Fui acompanhada de minha tia e minha mãe que são funcionárias públicas. Estacionamos na sombra. Como estou com a imunidade baixa, minha mãe subiu para conseguir prioridade de atendimento (aquilo parece pior do que SUS). Só que, enquanto esperávamos no carro, veio um segurança e falou para nos retiramos dali, sem a menor educação. Então explicamos que a vaga de prioridade era justamente para isso, atender os deficientes. E o cara começou a gritar. Eu e minha tia demos risada e continuamos ali. Só que veio mais um segurança e falou que era para sairmos dali. Minha tia falou que não sairia, até porque tinha mais quatro vagas vazias para deficiente. E veio o quarto segurança, chefe de todos. Começamos a ficar assustadas e eles ficharam o carro sob pressão, já estavam em quatro. Fechamos os vidros e começamos a sair. Eu fiquei bem assustada. Foi difícil para minha mãe nos achar, pois tivemos que garimpar um lugar bem longe dali. E até agora ficamos nos perguntando o por que de tudo aquilo? Por que não tínhamos a plaquinha de deficiente? Porque o Beto Richa estava lá? Ou o Arns? Por que estou dando prejuízo pro Estado? Ou simplesmente porque o ser humano está perdendo seus valores?

Assinado, Funcionária Pública