15 de mar. de 2011

A Velha e o Mar

Informação importante= Últimas notícias: Ainda isolados quase todos os vilarejos do litoral do Paraná.

 PsiquiátricaPara controlar a lucidez, escrevo.

Tentando pisar em terra há três dias, nos intervalos, cheguei às seguintes reflexões:
1º Eu realmente tinha razão quando carregava dois, três livros na minha mochila. Eles fazem falta!
2º Nunca mais acharei supérfluo carregar biscoitos, frutas, cremes, roupas a mais (principalmente para frio).
3º Saudades é algo incontrolável quando a emoção está à flor da pele. (ainda não chorei para não me desidratar)
4º Eu sempre respeitei a natureza, a chuva, o sol, o clima. Mas confesso que, se pudesse, iria para o Nordeste e ficaria por lá ( : em Olinda : ) uns três meses me bronzeando para me recuperar deste tempinho paranaense.

Assim que obtiver mais pensamentos geniais e a internet pirata colaborar, volto a escrever.

Tainá, a futura pescadora

14 de mar. de 2011

Estou ilhada na Ilha

Vim sexta-feira pela manhã e a cada metro que andávamos até Paranaguá eu via a água tomar conta de tudo.
Para Superagui, vim no barco de Jacó, que fez um caminho diferente para evitar as ondas revoltas. Por quatro anos que venho, não conhecia o chamado Rio do Mar, uma baia entre ilhas. Foi tranqüilo e muito bonito olhar as casinhas, golfinhos e peixes voadores.
Agora está calor. E todos os barcos atracados, “Respeitamos a vontade do mar. Voltamos a pescar quando ele nos chamar.”
Hoje, segunda-feira, saiu apenas um barco com turistas. Os pescadores continuam respeitando a força do mar, e eu respeitando a eles. Até segundo aviso, vou ficando...

2 de mar. de 2011

Prazeres

Aglaja Veteranyi
Estou apaixonada pelo último livro que li. Sabe aquele prazer indescritível que sentimos em alguns momentos da vida? Quando deixa de ser um gesto habitual para se tornar único? Muitas vezes eu sentei com determinadas obras e criei este clímax, mas que de fato não aconteceu de verdade. Por algum motivo não rolou. Mesmo sentindo algum prazer, não foi completo. É como sexo. Geralmente é bom, mas poucos são inexplicavelmente inesquecíveis. Foi isso que senti a cada página de Por que a criança cozinha na polenta, da romena Aglaja Veteranyi. Fui lentamente virando as páginas, voltando e relendo. E quando acabou, aconteceu uma sensação de “Nossa! Que prazer! Mas, e agora, como irei viver sem você, Aglaja? Dá pra rolar a segunda? Pode ser uma rapidinha!”

Foi mais ou menos como o último grande prazer cinematográfico, que não consigo esquecer. Eu já assisti muitos filmes bons depois, mas nada se compara aO Escafandro e a Borboleta.

Sem chances de rolar outra obra da Aglaja. Até procurei. Tinha esperanças de encontrar algum texto de teatro, que era a área dela, mas nada. E o pior que ela já partiu desta para melhor em 2004 e nem viu a primeira publicação. Sem chances! E o autor do livro, que o meu filme preferido é inspirado, morreu logo depois de terminar a obra. Então, só me resta o diretor do O Escafandro, Julian Schnabel. Mas sou tão desinformada de seus trabalhos e de sua área que vou torcer para que a próxima vez que eu vá ao cinema me depare com um filme dele. 

E continuar procurando outros prazeres. No caso da literatura, o próximo da lista será O último leitor, do mexicano David Toscana.

Alguém aí tem uma recomendação orgástica? Ah! Que fique bem claro, de cinema, teatro ou literatura!
Tainá Pires